**Coreia do Sul Abre Mercado para Carne Suína Brasileira com Isenção de Taxa** 4w6u62
A Coreia do Sul anunciou uma medida que pode impulsionar significativamente as exportações brasileiras de carne suína para o país asiático: a isenção de taxa para uma cota de 10 mil toneladas de carne suína congelada proveniente do Brasil. Essa iniciativa, divulgada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), reduzirá os custos para os exportadores brasileiros, tornando a carne suína nacional mais competitiva no mercado coreano.
**O Impacto das Exportações Brasileiras**
Até o momento, o Brasil ocupava a 16ª posição no ranking de exportadores de carne suína para a Coreia do Sul, com 3,7 mil toneladas embarcadas no primeiro trimestre de 2025. A redução da taxa de importação, que anteriormente era de 25% sobre o valor do produto, é um incentivo significativo para que os produtores e exportadores brasileiros expandam sua presença no mercado coreano. A expectativa é de que essa medida atraia mais negócios entre os dois países, fortalecendo os laços comerciais e potencializando ovolume de exportações.
**Contextualizando o Mercado Coreano**
A Coreia do Sul é reconhecida como o quarto maior importador mundial de carne suína, com um consumo per capita de aproximadamente 29 quilos. Em 2024, o país importou 785 mil toneladas de carne suína, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) citados pela ABPA. Esse dado evidencia o potencial de crescimento para os exportadores brasileiros, uma vez que o mercado coreano apresenta demanda consistente e um nível de consumo elevado.
**Desafios Sanitários e Negociações em Andamento**
No momento, apenas o estado de Santa Catarina possui o status sanitário de área livre de febre aftosa sem vacinação, o que lhe permite exportar carne suína para a Coreia do Sul. A ABPA destaca que a isenção de taxa é um sinal positivo, que pode contribuir para o avanço das negociações visando o reconhecimento de outros estados brasileiros, como Paraná e Rio Grande do Sul, com o mesmo status sanitário. A expansão desse reconhecimento sanitário para outros estados é crucial para que o Brasil possa aumentar sua participação no mercado coreano, diversificando as origens das exportações e aumentando a oferta de carne suína brasileira.
**Reação do Setor Produtivo**
Ricardo Santin, presidente da ABPA, enfatizou a importância da medida: “O estabelecimento de uma cota isenta é um sinal importante para os avanços das exportações brasileiras de carne suína para a Coreia do Sul, especialmente em meio às negociações pelo reconhecimento do Paraná, Rio Grande do Sul e de outros Estados brasileiros como livres de aftosa sem vacinação”. A declaração reflete a expectativa do setor em relação às oportunidades de crescimento e à consolidação do Brasil como um fornecedor de proteínas de alta qualidade para o mercado asiático.
**O Caminho para o Aumento das Exportações**
A conjugação da isenção de taxa com a eventual expansão do status sanitário para outros estados pode criar um cenário favorável para que o Brasil dispute uma fatia mais expressiva do mercado coreano de carne suína. Além disso, a proximidade geográfica e a compatibilidade dos produtos brasileiros com as preferências dos consumidores coreanos são fatores que, se bem explorados, podem consolidar o Brasil como um player de destaque nesse mercado lucrativo.
**Consolidação do Brasil no Mercado Mundial de Proteínas**
Essa medida não só beneficia as exportações para a Coreia do Sul, mas também reforça a posição do Brasil no mercado global de proteínas. O país, já conhecido por sua efficiência na produção de carne de frango, busca diversificar sua oferta, destacando-se também em carne suína e bovina. A abertura de novos mercados, especialmente em regiões com alta demanda como a Ásia, é estratégica para a sustentabilidade e o crescimento do setor agropecuário brasileiro.
**Desenvolvimento Sustentável e Qualidade**
Para aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pela isenção de taxa da Coreia do Sul, é fundamental que os produtores e exportadores brasileiros continuem investindo em práticas sustentáveis e na melhoria contínua da qualidade de seus produtos. A competitividade no mercado global não depende apenas de preços, mas também da percepção de qualidade e responsabilidade socioambiental. O Brasil, com sua vasta área de terras aráveis e clima favorável, está em uma posição privilegiada para atender à demanda global por proteínas de origem animal, desde que conserve esses recursos para as gerações futuras.
**O Futuro das Relações Comerciais Brasil-Coreia do Sul**
A isenção de taxa para a cota de 10 mil toneladas de carne suína congelada é um o significativo nas relações comerciais entre Brasil e Coreia do Sul. Ambos os países têm muito a ganhar com o fortalecimento desses laços: o Brasil, com a expansão de seu mercado exportador, e a Coreia do Sul, com o o a uma fonte confiável de proteínas de alta qualidade. Espera-se que essa medida incentive novos acordos e parcerias, contribuindo para o desenvolvimento mútuo e para a diversificação das economias de ambos os países.
Com a continuidade das negociações sanitárias e o esforço conjunto do setor produtivo e do governo, o Brasil pode não apenas alcançar, mas superar as expectativas de exportação para a Coreia do Sul, consolidando sua presença no mercado asiático e reforçando sua reputação como um dos principais players no mercado global de carne suína. Essa estratégia de expansão responde não apenas aos interesses econômicos imediatos, mas também à necessidade de estabelecer relações comerciais duradouras e baseadas na qualidade e na confiança.
